Espécie
de delírio brando
Invento um dia verde: imenso pasto
alado.
Pensando em pôneis.
Cinzento Abril cavalga-me.
Por lá, pôneis.
A dor de habitar-quase
ferrovias suadas penetrando
no vão dos sentidos surdamente
como varais que invadem nosso
quintal de relinchos, profanando.
Canso-me da alma
como da idéia
e da liberdade.
A alma é a Yamaha, não
um pônei
- e está fluindo.
Mas livra-te dessas coisas,
por ora,
platirrínico poeta,
e avança contra o Schlaschtplatte. |