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“Ensaios mínimos
mas, também, um mínimo de ensaios. No fundo, a tola compulsão
de publicar nada mais revela que o desejo de preservar o afeto de três
ou quatro amigos. É rigorosamente o caso. Sendo muito mais conveniente
o silêncio, resta a esperança de, publicando, angariar logo
dois ou três outros.
Pode acontecer, todavia, da amizade
não transigir com a falta de jeito. ‘Afinal o que ele nos impinge:
esboços? resenhas? confissões?’ Um pouco de tudo e, a rigor,
nada.
Melhor dizendo que são exercícios,
e o são mesmo, na acepção do termo — três quintos
dos quais cometidos à sombra de um curso freqüentado algures.
Cuidei apenas de encorpar o conjunto com um depoimento pessoal e uma sotie
d’estime sobre diários íntimos. Paciência, fui seduzido
pela paixão da obra menor e vã, cuja falta de pretensão
pode, no entanto, resultar amena”.
Da introdução de Ensaios
Mínimos.
Editora: Pontes/Unicamp
90 páginas, 1988.
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